MUITO PRAZER, EU SOU O VINHO!
A nossa bebida favorita sempre nos revela sabores surpreendentes. Seguindo algumas técnicas simples de degustação, é possível apreciar ainda mais o seu vinho sem precisar ser um sommelier ou se tornar um “enochato”.
A degustação do vinho é feita por meio da análise sensorial, que envolve o paladar, a visão e o olfato. Inicialmente, pode parecer um pouco estranho e complicado, mas, com o tempo, essa prática te dará intimidade com a bebida, proporcionando experiências ainda mais prazerosas.
Sendo assim, foquemos nas etapas da análise sensorial: visual, olfativa e gustativa.
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Análise visual:
A primeira impressão causada pela vinho é visual, devido à coloração. Nela, observa-se a existência de defeitos (presença de sedimentos e falta de brilho), a cor (que revela a idade, corpo, acidez, safra, etc.) e a intensidade. Para isso, seguem algumas dicas:
- Dica 1: para conferir a intensidade, posicione os dedos embaixo da taça e visualize-os por cima, atravessando o vinho. Quanto mais transparente, menor será a intensidade.
- Dica 2: gire a taça, pois, além de intensificar os aromas, esse movimento revela as lágrimas (gotas que se fixam e escorrem nas laterais). Quanto mais lentas e estreitas entre si, maior será o alto teor alcoólico e mais encorpado será o vinho.
2. Análise olfativa:
Chegou o momento de sentir o aroma do vinho! Ele está diretamente ligado ao contato do líquido com o oxigênio e, por isso, a movimentação da taça, citada na dica 2, será muito importante aqui.
Nesta análise, considera-se o aroma frutado da bebida. Nos primários, identificam-se os aspectos relacionados às flores, especiarias e frutas. Se a uva foi produzida em um clima frio, o aroma remeterá às frutas mais frescas, mas, se foi em uma região mais quente remeterá às mais maduras e mais doces, como as geléias e compotas.
Nos aromas secundários, nota-se o processo de vinificação: malolática (manteiga e queijo), autólise (pão e biscoito) e madeira (baunilha, cravo, café, chocolate, entre outros).
O envelhecimento da bebida em barricas (café e caramelo), garrafa (petróleo, cogumelo e mel) e oxidação (avelã e chocolate) fazem parte dos aromas terciários que podem ser identificados na degustação.
Os aromas também estão relacionados à memória olfativa de cada um, devido aos cheiros e gostos que ficam gravados na mente desde a infância e que servem como referência.
3. Análise gustativa:
Esse é o momento mais aguardado da degustação. Primeiro, tome um pequeno gole e deixe o líquido ter contato com as diversas áreas gustativas da sua língua. Nesta etapa, analisa-se:
- Doçura: o índice de açúcar classifica o vinho em seco, meio seco e doce.
- Tanino: a sensação de boca seca (baixa, média e alta).
- Acidez: o frescor do vinho influenciado pela salivação (baixa, média e alta).
- Corpo: é a sensação de peso e textura na boca. Um vinho é considerado equilibrado quando a doçura, o tanino e a acidez não estão em escassez, nem em excesso.
- Álcool: está relacionado à sensação de aquecimento dentro da boca (baixa, média e alta).
- Persistência: é o tempo que a sensação de degustar o vinho permanece na boca (curto, médio e longo).
Dica: puxe um pouco de ar pela boca ao engolir, pois isso potencializa os aromas durante a degustação.
Após conhecer os princípios da degustação, que tal compartilhar essas técnicas com os amigos e familiares? Além de divertido, o encontro será muito mais gostoso!
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